domingo, 27 de março de 2011

A virtualidade do espaço

As datas desordenadas e os temas esparsos numa leve e saudável esquizofenia sugerem no mínimo algo de incomum na rede: o espaço em branco, terreno baldio e abandonado em que os olhos que casualmente passam não encontram mais que uma estranha melancolia. Uma casa em ruínas que envelhece e desaba aos poucos. Subtrópicos como contradição de tudo o que é tropical nesse país e contradição do espaço virtual, ou paradigma da impossibilidade de uma infinita virtualidade.
Ansiamos mais e mais por uma morte no Nada.
- A consumetion devoutly to be wished.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O baile de máscaras

O desfile começa cedo, mas tão cedo não cessará. Qual máscara hoje eu devo usar?
A do riso - não há escolha melhor. Pois a da dor afasta, a do medo causa angústia, a da razão é egocêntrica. Mas não me sinto confortável com a máscara do riso hoje. Devo ficar em casa, penso.
Não posso, o dever me chama. Preciso me decidir. Não há tempo.
Decido pela máscara do riso. Saio. Encontro outras máscaras no dia cinza de novembro.
A minha começa a pesar.
Receio não ter feito a melhor escolha ou receio por ter decidido usá-la? Não é meu costume. E agora? Joga-se o jogo.

O baile começa sem hora pra acabar.



quarta-feira, 4 de agosto de 2010

"Sem a música, a vida seria um erro"

Certa vez, como é bem conhecido, Nietzsche disse que "sem a música a vida seria um erro". Taí a prova:


O vídeo registra a última apresentação de Paulo Moura. O palco é a clínica carioca em que ele estava internado. O maestro morreria dois dias depois. Seu último sopro foi na boquilha do clarinete.


domingo, 11 de julho de 2010

errata da apresentação:

menos que um projeto, um esboço.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

"¿No es mejor nunca que tarde?"

(Pablo Neruda, Livro das perguntas)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

[...] Prisão perpétua de existir entre estes dois braços, dentro do mesmo corpo até o findar da eternidade lacônica da carne.

Copa

juro que eu que muito pouco acompanhei futebol na minha vida, eu que não comemorei o penta campeonato, que não entendo este esporte, que chamo a torcida de histeria nacional, juro que agora fiquei desnorteada.

Não sei sambar, não sei batucar, não jogo bola, mas sou brasileira, pois sofri com a copa.