Não passa por ele. Não é por meio dele. Simplesmente é o texto.
Hoje defendi o texto.
O texto como entidade.
O texto como detentor da ideia. Detentor do homem, da essência.
O texto como caracteres bem postos, cheios de si.
Por que devo me importar com o número de exclamações ou as reticências?
O texto que me trai. O texto que não domino. O texto que não entendo.
Mas é o texto que cada vez torna-se o nós.
Estavam dois bolsistas como os dois pinguins de uma tira da revista Piauí.
Cada um em seu computador, lado a lado, e um bolsista perguntou para o outro "você viu o que eu twitei?". O outro responde "agora estou fazendo um scrap, já te respondo". Os pinguis eram blogueiros, os bolsistas eram pessoas de seu tempo, comunicando-se como todos os outros. A piada se perde, pois é apenas o mundo normal.
Será que este é o mesmo texto que defendi hoje?
Será que este é o mesmo texto que cobram tantas vezes por sua "falta" de domínio?
E se o texto torna-se o nós, como podemos ter o texto tão frágil?
Que nós somos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário