quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A anistia e o vaso sanitário.

Abaixo do trópico, numa posição sub-subtropical, existe um povo que poderia ser resumido em tomar mate e caminhar ao sol. Mais precisamente, porém sem o mesmo rigor, em caminhar mate tomando sol. O que nos leva a refletir sobre onde despejam a água caliente que se compra em qualquer esquina(sim! os bares vendem água aquecida) e que tomam incessantemente numa infusão diurética. O acesso aos banheiros é, incrivelmente, difícil.

Existem outros problemas além da questão banheirífera, a taxa de desemprego é altíssima, existem mais casas de câmbio do que indústrias (a erva-mate vem do Brasil), e os caudilhos de cabelo penteado no estilo de galãs de novela mexicana e com sobrenomes que temperam a colonização espanhola com algo britânico continuam tentando o poder. Na esfera cultural os uruguaios ressaltam como seus o tango e o carnaval, infelizmente, identificados internacionalmente com os vizinhos grandes Argentina e Brasil.

Apesar do clima decadente, ou animados por ele, os uruguaios estão prestes a tomar uma decisão que pode ser exemplar para os países vizinhos. Votarão no mesmo dia da eleição presidencial a derrubada da lei de caducidad, ou seja, vão anular a anistia e julgar seus militares raivosos. A outra lição que podemos tirar do Uruguai è sanitária e serve para Florianópolis, se queremos uma cidade turística podemos começar construindo banheiros.

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